Conhecida pelos HITS nos anos 80, ela parte em nova direção com Memphis Blues. Depois do dançante Brink Ya To The Brink de 2008, Cyndi apresenta 12 covers de clássicos do Blues. Ao seu lado, legendários como Allen Toussaint, B.B King e Charlie Musselwhite, além de veteranos da Stax Records como Lester Snell e Skip Pitts.

Depois de tantos anos no pop, porque decidiu lançar um álbum de Blues?
Há anos sonhei que o pianista (de jazz) Oscar Peterson falava: "Sabe Cyn, gosto da sua versão de What's Going On de Marvin Gaye (da estréia de 1986, True Colors). Você deveria cantar músicas antigas, faze-las modernas, como Janis Joplin fez". Então, tive vontade de fazer um álbum de blues.

Quais suas prioridades para a gravação do disco em Memphis?
Tocar ao vivo. O álbum tinha que estar focado no que acontece quando o groove está perfeito e o tom certo. É um portal para outro lugar e outra época - a música em seu sentido mais puro faz isso e é a base do que aprendi.

Depois de anos na Epic/Sony, você assinou com o selo indie Downtown. O que a atraiu?

O fundador, Josh Deutsch, é fã de blues. Agora sou dona da minha própria música e não quero mais ceder... Sei que disse todas coisas erradas para as pessoas certas. Eu me sentiria aprisionada - só queria ficar livre e criar.

Porque topou participar do programa O Aprendiz: Celebridades, com Donald Trump? O que ganhou com isso?

Queria trazer atenção para o fato de que gays e lésbicas ainda tem seus direitos civis negados. Levantei US$ 45 mil (cerca de 90 mil reais) para o fundo True Colors, metade com vendas do single de Emily West (a pessoa que passou por uma transformação no programa) Blue Sky.

Houve algum ponto negativo nessa experiência na televisão?

Eles me trataram de um jeito colegial. Viravam as costas e falavam entre si - eu era um outsider. Mas faria de novo. Acabei de receber uma mensagem que Bret Michaels (vocalista do Poison e vencedor do programa) deixou na minha caixa de secretária: "Você é amada e achei que foi ótima. Continue detonando!".

Voçê tem algum plano para TV ou filme?
Vou tentar voltar para (a série) Bones. Dizer a eles porque precisam da volta da vidente.

Entrevista Por Evie Nagy - Billboard Brasil