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RG Vogue Entrevista Cyndi Lauper



Multi colorida até a raiz do cabelo e no melhor estilo "brechó e porta de lavanderia", nunca houve ninguém como Cyndi Lauper. Precursora em transformar o vintage em moda e com sucessivos hits, nada a detinha nos anos 80. Na década seguinte questionou a fama e se distanciou das paradas em discos experimentais como Hat Full Of Stars e Sisters Of Avalon e no grito conquistou o respeito da elite musical. Após Bring Ya To The Brink, seu elogiado álbum dance de 2008, parecia óbvio que o eterno patinho feio da música contimasse fazendo pop. Parecia, porque a garota que um dia só queria se divertir agora celebra a fossa no disco Memphis Blues(LAB 344) com o aval de nomes pesados do genêro, como B.B King e Ann Peebles.

"Estava apenas esperando o momento certo. Ouço blues desde criança e queria fazer este álbum desde 2004, mas meu celo da época, não. Foi um sonho, durante as gravações eu estava tão animada e ansiosa que começava a chorar", diz a cantora, que depois de muitas brigas com a antiga gravadora, colhe criticas positivas e assim como seu auge, tem vendido e muito. Se ela pretende abandonar o pop "Nunca", enfatiza a nova musa do Blues que entre altos e baixos já vendeu mais de 30 milhões de discos.

Mesmo sem saber o porquê, Cyndi fica muito deprimida quando seus cabelos não estão numa cor, digamos, vibrante. E como ele está agora? "Como uma tulipa, Laranjas e Amarelos e outra cor que não sei bem qual é...", ri. E se já perdeu a conta de quantos penteados usou, trocou os vestidos amassados e identificáveis saias de jornal para criar o atual personagem de vedete de cabaré. Natural para quem sempre amou moda e olhava desde criança as revistas de glamour da mãe. No closet possui peças estilistas que sempre a cortejaram, incluindo roupas feitas para ela por Alexander McQueen "Ele foi um dos meus designers favoritos. Eu tenho muita coisa dele e é triste ele ter partido. Eu adoraria ver o que teria feito. Ele teve um impacto real na moda nos poucos anos que o tivemos", diz.

Com a neoamiga Lady Gaga, acaba de trabalhar na campanha sobre prevenção do HIV Viva Glam. "Não há ninguém como Gaga, ela é com certeza uma das garotas mais trabalhadoras que há. Eu a adoro. Fico impressionada com suas apresentações, a sua energia e sua paixão em palco", se derrete. Por terem tanto em comum a imprensa mundial aponta Lady Gaga, também fã confessa de Cyndi, sua sucessora natural. Mas elas farão algo juntas? "Nós já falamos sobre isso, mas nossas agendas estão loucas neste momento... Nunca diga nunca, mas não há nada planejado", conta.

Apesar de nunca terem sido vistas juntas, Cyndi nunca conseguiu evitar a comparação com outra loira, Madonna. A polêmica ficou ainda maior quando Madonna citou, em seu livro Sex Cindy, que por sua vez gravou em 2001 a canção Madonna Whore (Ou Madonna Vádia numa tradução simpática). Mas, afinal, essa música tem algo da Material Girl? "Madonna Whore não tem NADA a ver com a artista Madonna. É sobre mulheres e estereótipos. Eu sou fã de Madonna. Ela é uma grande artista e o que quer que tenha sido dito sobre termos problema uma com a outra é absurdo. Ambas tivemos grandes discos e sempre fomos comparadas. Ela faz ótimas músicas, é maravilhosa e provavelmente umas das maiores mulheres de negocio mais esperta que existe", diz encerrando o tema.

Cyndi já encarnou uma prostituta na Broadway, foi vencedora de um prêmio Emmy e não para: escreve sua auto biografia, será estrela absoluta de um reality show no próximo ano e acaba de iniciar nova turnê(que devê vir ao Brasil), além de finalizar os preparativos para a gravação de um DVD em Memphis e engarja-se na sua fundação True Colors Fund que luta pelos direitos gays. Casada com o ator David Thornton e hoje com 57 anos, parece cada dia mais bonita "Faço Ioga e exercícios aeróbicos. Mas tentar acompanha meu filho Declyn de 12 anos, provavelmente é o que me mantém jovem", Gargalha.

RG: Você convidou o saxofonista Brasileiro Leo Gandelman para participar de I Don't Want To Cry, faixa exclusiva da edição brasileira do novo álbum, por quê?

CL: Eu estava procurando músicas que contassem histórias e para mim as melhores canções de blues são sobre perseverança. A música Brasileira é tão rica e única que eu quis adicionar este elemento ao meu disco para mostrar como respeito o país.

RG: O que vocês recorda das três ocasiões que esteve no Brasil?

CL: O primeiro artista Brasileiro que ouvi foi Caetano Veloso. Lembro também da comida fantástica, a beleza do país e seu povo. Mas principalmente a música, a música é o Brasil. Se você ouvir a música brasileira, percebe que ela captura a voz das pessoas.

RG: Se incomoda em ser lembrada com um ícone dos anos 80?

CL: Os anos 80 foram uma época ótima para a música e para a moda em geral, então eu tenho orgulho de ser associada com está época.

4 comentários:

  1. ótima entrevista
    vou comprar a revista hoje mesmo

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  2. amo!!!
    vou correndo comprar a revista tbm!

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  3. Estou com dificuldades de encontrá-la já fazem 3 semanas e ainda não chegou aqui em Porto Alegre, nem encontro a edição mais.

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